Devocional - A Batalha do Profeta Elias.
A BATALHA DO PROFETA ELIAS!
“E
Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito,
e como
totalmente matara todos os profetas à espada”.
(I Rs
19. 1 – ACF).
O
versículo 1 de 1 Reis 19 deve ser o mais angustiante do Velho Testamento.
Sabemos que a batalha de Elias
contra os 450 profetas de Baal foi colossal; titânica; atômica. Mas quando
Elias percebe que toda aquela luta não havia sequer arranhado a casa real (Acabel e Jezabel), ele fica profundamente deprimido.
Todo aquele esforço! E ele não havia provocado nenhuma mudança significativa. O
impacto da batalha contra Baal não amassou nem um pouco a lataria maligna de Jezabel,
que demonstra isso ao lhe ameaçar publicamente.
Elias
acreditava mesmo que sua vitória sobre os profetas de Baal provocaria poderosas
mudanças
em Israel. A teologia da prosperidade ressuscitou esse pensamento, que
nossas vitórias – ainda que em Deus – são capazes de mudar algo na vida das pessoas.
Muitos hoje ainda são destruídos ao perceber que depois de aumentar a conta
bancária ou fazer um bom casamento, nada muda! É bom vencer, mas é melhor ainda saber o que se esperar
das vitórias.
Elias
era um profeta “engenhoso”. Foi dele a ideia da estiagem e do confronto. Mas,
apesar dos “bons cavalos” a vitória certa vem do SENHOR (Pv 21. 31). Apesar de
seus bons planos,
o resultado não foi o esperado. Ao
perceber isso, depois de tanta entrega e dedicação, Elias recebe em seu
espírito uma carga de tristeza e angustia sobrenatural. Ele deseja a morte, e
diante daquele resultado, depois de tudo o que foi realizado, (digo eu) é
natural o seu pensamento.
Elias
vai aprender
que “vitórias” nem sempre geram as mudanças almejadas. Mas que as mudanças
sempre geram vitórias (Rm 8. 28). Jesus veio para nos mudar; nos transformar e
ver nascer disso, as vitórias que Ele planejou. Acreditar que nossas vitórias
são capazes de gerar mudanças espirituais é admitir “kardecismo”. Mudanças
acontecem quando Deus resolve intervir, ainda que nos usando como canais para
isso. Deus chama o profeta e cria um cenário
épico, mas não entra quando o espetáculo começa. É preciso ensinar Elias
que mudanças não tem relação direta com pirotecnias! Hoje, muitos acham que um
Evangelho pregado com sinais e maravilhas poderia convencer alguém mais rápido.
Se fosse verdade, pentecostais e carismáticos jamais
desviariam da fé.
Salvação
não é um golpe fatal que desce do céu (18. 38). São providências que se vão
tomando, escolhas
que se fazem pelo caminho
(19. 15, 16). É um resultado de quem decidiu crer e obedecer, ainda que
confrontado pela própria inutilidade
de sua espiritualidade (At 9). Elias entra na galeria da fé não por seu sucesso
em promover mudanças (até por que elas
não acontecem), mas, por que não se submete ao fracasso de suas próprias derrotas pessoais. O mesmo sentimento
encontramos em outros gigantes da fé: Jeremias, Jonas e Pedro.
Paulo vive isso em suas viagens missionárias. Ele despreza totalmente o que
sua presença representa (Fl 1. 12- 18).
Deixando espaço para o valor transformador (II Co 3. 17, 18) de Sua mensagem: Um Cristo vivo, que por meio de Seu
Espírito promove mudanças
poderosas em quem se decidi por obedecer
(At 5. 32). No Novo Testamento as mudanças são descritas como a verdadeira
vitória da vida do Cristão (Cl 1. 13). Sua obediência, submissão, desejo de
aprender (Cl 2. 6). Sobre tudo o que Cristo pode se assenhorar, disso produz vitória. Vitória verdadeira pra vida
toda, por toda vida! Onde interessa de verdade; no coração!
Ney
Gomes. 21/07/2016.
"Se trabalhamos e lutamos é porque temos
colocado a nossa esperança no Deus vivo." 1 Timóteo 4.10
Comentários
Postar um comentário